Um fim-de-semana onde nos desligamos do intenso frenesim para nos religarmos à pureza da espiritualidade em autonomia.

O que é?

Há quanto tempo se promete um momento de retiro, uma verdadeira paragem? Um momento mais prolongado para estar consigo mesmo? Com um tempo de qualidade!

Falo-lhe de um momento em que se convide a um mergulho profundo em si mesmo, sem nada para fazer, mesmo nada, sem estímulos externos fortes, sem ruídos de fundo, sem telefones e computadores, sem palavras no ar, cultivando o Nobre Silêncio e…

…E onde se entrega a estar consigo longas e frutuosas horas a (re)-estabelecer uma relação com a dimensão espiritual da sua Vida, de um modo integral, pleno, o que implicará reconhecer as Três Faces do Espírito e as formas de as cultivar na prática de Vida alinhada à intensidade de ritmos a que nos devotamos viver.

Sossegaremos profundamente a voz interior, incessante de insistência numa nova não-relação com o que os nossos inúmeros sentidos se apercebem, e abriremos uma porta ao reconhecimento do divino em nós mesmos.

Estaremos na natureza num outro ritmo, num outro passo, num outro sentir, alinhados em nós e na ligação intrínseca com o meio que nos suporta;

E questionaremos a dimensão da Criação e do acto de Criar, e que acção nos requer considerar na nossa forma de construir uma visão do mundo e de nele participar.

Num tempo de dedicação total a si, onde não tem de se preocupar com as horas, com as refeições, com lavar loiça e limpar os espaços, com compras para a casa… simplesmente estar consigo! Se anda a prometer-se isso faz tempo, é tempo de assumir uma escolha a seu favor. Se não o fizer por si, mais ninguém o fará!

É desse mundo frenético em que vivemos que lhe dirijo o convite de se afastar durante um período de retiro. Abandone o impulso de uma constante via da materialização, que ofusca a nossa ligação ao Espírito e à vivência de uma espiritualidade consciente, preenchida e que nos conecte ao puro da Vida.

Entramos num novo modo de “Ser” e desde aí autorizamo-nos a surpreendermo-nos e a sermos surpreendidos.

Permitimo-nos ganhar perspectiva sobre o que é verdadeiramente meditar, contemplar e relacionar-nos pelas preces, à luz de uma humanidade completa, autêntica e consciente. Sem métodos e regras, apenas re-lembrando quem verdadeiramente Somos.